sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

DEBATE: PARADAS, TRÍPLICE AMEAÇA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Depois de uma overdose de basquetebol com direito a NBB,LBF, Euroliga,NBA e até streetball, um detalhe não me passou despercebido: as ações ofensivas de um jogador do basquetebol brasileiro (NBB e LBF) começavam muito atrás da linha de 3 pontos na maioria dos ataques em comparação as outras ligas. E esse fato desencadeava outra serie de ações não muito efetivas que vou enumera-las:
 
 
1- Ao se deslocar para longe do marcador ou receber um bloqueio os jogadores realizam trajetórias que os colocavam extremamente longes da linha de 3 pontos já que estes procuram linhas de passe mais seguras ou porque os bloqueios foram mal feitos. Se a rota fosse mais aguda, bloqueios eficazes e interrompida com uma parada em 1 tempo (sem definição de pé de pivô, pequeno salto) ou com 2 tempos (com definição de pé de pivô) proxima a linha de 3 pontos, o atacante receberia a bola em uma posição mais agressiva em relação a cesta.
 

1 - Grande parte dos jogadores não adotava ou não permanecia em posição de tríplice ameaça. Quase sempre colocavam a bola acima da cabeça como num arremesso lateral de futebol ou seja uma posição de única opção ofensiva rápida: o passe por cima da cabeça. Qualquer outra opção exigiria a adoção de nova posição de tronco, mãos e pés resultando na perda de preciosos décimosde segundos conquistados anteriormente,
no bloqueio, finta ou na desmarcação por rota e haviam o colocado em vantagem em relação ao defensor
  
 
2 -  A outra parte dos jogadores inicia o drible de bola ou em pé com joelhos estendidos e caminhado ou flexionavam de forma exagerada o tronco a frente. Novamente um posição nada agressiva em relação a cesta.
 
3 - O defensor, seja no sistema zona ou individual, acompanhava o atacante independente da capacidade de penetração ou de seu momento na partida causando uma situação de 1 X 1 com demasiado espaço entre defensores e a cesta.
 
4 - O pick'n roll,quando existente, acontecia muito distante da cesta obrigando os responsáveis pelo bloqueio a driblar demasiadamente a bola para se aproximarem da cesta e consequentemente reduzirem a velocidade da jogada e permitindo a aproximação de cobertura ou a própria recuperação do defensor que fora bloqueado. Ou os bloqueadores já assumiam a posição de arremesso junto a linha dos 3 pontos.
 
5 - (Ainda na situação de pick'n roll) Atacantes de menor estatura invadiam o perímetro adversário mas não possuiam condições tecnicas e fisicas (força e impulsão) para a finalização direta e não possuiam opções de passe próximas a cesta pois o jogador que ali deveria estar ainda se encontrava na linha de 3 pontos. Alem disso quase nunca tentavam o arremesso de média ou curta distância.
 
 
 
 6 - (Ainda na situação de pick'n roll) Quando a bola chegava ao responsável pelo bloqueio inicial na linha de 3 pontos, em raras ocasiões esse jogador aproveitava-se do desequilíbrio defensivo para inciar outro movimento de infiltração com drible ao garrafão ou porque não possuiam capacidades técnicas para tal ou porque tinham liberdade para o arremesso de 3 pontos e quando o executavam uma lacuna aparecia dentro do sistema ofensivo das equipes brasileiras: Quem e quantos disputarão o rebote? Lembrem-se que a maioria das equipes brasileiras se apoiam no sistema de armação única obedecendo a escalação por número 1, 2, 3, 4, 5.
 
O que vocês acham da minha observação? Já viram isso alguma vez? Ou será que eu vi demais?
 
Na continuação colocarei em debate a importância da parada 1 e 2 tempos, tríplice ameaça e sua presença e cobrança na iniciação esportiva e no treinamento. 

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