terça-feira, 2 de outubro de 2012

O BASQUETEBOL FEMININO EXISTE EM MG?



Com a proximidade do inicio da liga nacional feminina, LBF, sem nenhum representante de Minas, fica uma pergunta: Onde está o basquetebol feminino do nosso estado?
 
Essa pergunta surgiu na minha cabeça assim que reli o post do PBF sobre as eternas mazelas do basquetebol feminino nacional. Paulo Bassul coloca que uma das grandes dificuldades para que a modalidade decole no Brasil é o domínio quantitativo do estado de São Paulo na modalidade causando uma concentração de jogadoras nessas equipes.
 


Minas Gerais não possuirá nenhum time representante na próxima edição da LBF, assim como aconteceu nos últimos anos. O cenário acima da nossa ausência, me parece ser embassado nas seguintes justificativas: 
 
  • Os projetos existentes envolvendo o basquetebol feminino não são capazes de bancar o custo dessa competição.
  • O setor privado não se sente atráido a participar de tal projeto.
 
Antes de apresentar a minha idéia, vejam  os resultados recentes das seleções de base de Minas e alguns números dos campeonatos oficiais da FMB:
 
  • A Seleção SUB 15 que conquistou o 1º lugar no Campeonato Brasileiro SUB 15 - 2ª Divisão de 2012 e emplacou duas jogadoras na seleção da competição sendo uma delas eleita a melhor jogadora do torneio. 
  • A Seleção SUB 17 que conquistou o 2º lugar no Campeonato Brasileiro SUB 15 - 2ª Divisão 2012 e emplacou uma jogadora na seleção da competição. 
  • No ano de 2012 os campeonatos mineiro feminino SUB 19 teve 4 equipes, o SUB 17 8 equipes, o SUB 15 8 equipes e o SUB 14 3 equipes.O total de 23 equipes é fruto de 10 projetos (cidades) diferentes e nenhum em Belo Horizonte.
 
A CBB e as federações estaduais devem intervir nesse quadro de forma mais enfática.
 
 
 
No caso de Minas a criação de uma equipe no estado, de caráter provisório, utilizando com base as jogadoras das seleções SUB 17 e SUB 15 e outras mais que aparecerem com destaque em competições de nossas montanhas.
 
 
 
 
  •  A contratação de no máximo três jogadoras de nível maior e principalmente mais experientes para integrar a equipe e funcionarem como tutoras das mais jovens tanto nos jogos quanto nos treinamentos.
  • Utilizar-se das próprias comissões técnicas que já comandam as seleções de base.
  • Promover jogos dessa equipe em diversos locais do estado, com preferência as cidades natais ou de residência de familiares das jogadoras para maior identificação com o público e divulgação da modalidade.
  • Estabelecer parceria com equipes existentes no estado para utilizar-se dos equipamentos para criação do centro de treinamento fixo da equipe (diferente daquele que usa quando viajar pelo interior e onde as mais jovens e candidatas a assumirem vaga na equipe estarão se desenvolvendo). Exemplo: São Sebastião do Paraíso, Minas Tênis, PRAIA, UNITRI.
  • Estabelecer parceria, também provisória, com federação paulista e utilizar essa mesma equipe para disputar o paulista feminino adulto que atualmente é quase o campeonato brasileiro.
  • O caráter provisório que coloquei acima em duas situações se justifica pois não deve ser função da federação manter equipes em campeonatos mas se faz necessário tal atitude para que exista a representatividade mineira na modalidade. Quando parcerias forem construídas e se mostrarem fortes para dar seguimento ao projeto a interferência da FMB deve desaparecer gradualmente.
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Sugiro a leitura dos posts do Fabio Balassiano no blog Bala na Cesta que também propõe mudanças a nível nacional.

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